domingo, 30 de outubro de 2011

A história de um retrato



Uma das minhas alunas, a Sra D. Rosa D. quis aproveitar uma tela já pintada, para sobre ela pintar outra coisa. Ao explicar-lhe o que devia fazer e como o faria, acabei por lhe pintar o retrato numa das minhas aulas. Primeiro, a tela foi o melhor possível toda raspada de quaisquer acumulações de tinta já seca. Depois, com tinta fresca e encorpada e aproveitando alguma coisa do fundo (do que já estava pintado antes) e ela posando no meu atelier, eis o resultado.

Obrigado, Rosa, há muito que não pintava um retrato com modelo vivo.

Contador de visitas reposto

Obrigado, Isa. Com a sua ajuda, não só consegui repor o contador de visitas como também contar todas as visitas feitas durante a ausência do contador. Muito obrigado.

Demo



Esboço 1

Com uma cor de terra (ocre, siena ou sombra) bem diluída, traçam-se os contornos da figura. E ficam assim determinados o lugar e o tamanho de todo o "objecto" que vamos pintar. Neste esboço, atenção também às linhas de força que o quadro vai evidenciar depois de acabado.

Demo



Esboço 2

Depois, marcam-se, dentro dos contornos da figura, o mais exactamente possível, os lugares dos diversos elementos da face. Aqui, convém medir muito bem as proporções entre cada elemento da face do retratado, ou seja, as distâncias relativas entre cada detalhe e os outros da face do retratado; assim se conseguem a parecença.

Demo




Aqui, já se aplica a cor propriamente dita. Uma das regras da pintura alla prima, para quem é dextro, é pintar de cima para baixo e da esquerda para a direita, começando sempre pelo elemento mais importante que estiver mais à esquerda na tela (neste caso o olho direito da retratada). Depois passa-se para os outros elementos, pintando-os sempre em função do que já se pintou, corrigindo o esboço sempre que necessário.
Nota: Começa-se da esquerda para a direita para que a mão que segura o pincel não tape o que já foi pintado; obviamente, para um pintor canhoto, a regra é da direita para a esquerda. De cima para baixo, porque é sempre mais fácil meter um nariz onde já haja um par de uns olhos, ou uma boca debaixo de um nariz já pintado, e assim sucessivamente.

Demo




Fase 2



Depois, o olho à direita. A seguir, o resto da face.

O importante aqui é pintar sempre da esquerda para a direita e de cima para baixo de modo que (para quem for dextro) a mão que segura o pincel não tape o que ja foi feito antes; deste modo todos os elementos da face são pintados sequencialmente, cada um em função do anterior. (Obviamente, um pintor que seja canhoto começará por pintar os detalhes à direita na tela.)

Demo



Óleo s/ painel de MDF tratado com gesso acrílico, 20x15 cm


Fim

domingo, 2 de outubro de 2011

"Quixote e Sancho"



Acrílico s/ tela


Alguns dos meus alunos fizeram uma pausa nos retratos, naturezas-mortas e paisagens e convenceram-me a ensinar-lhes pintura abstracta. Na minha opinião, pintura abstracta não se ensina; por isso, o que fiz foi explicar-lhes "quando" e "porque" um quadro se pode dizer abstracto e o papel que a mancha, a forma e a linha desmpenham nesse tipo de pintura.

Pintado por uma das minhas alunas (Rosa), esta experiência de "abstracto impressionista" resultou.

sábado, 1 de outubro de 2011

"Schrödinger's Cat"




Ólleo s/ painel de MDF




O título deste quadro, "Schrödinger's Cat" - o Gato de Schrödinger - refere-se à experiência imaginária do físico austríaco Erwin Schrödinger: em mecânica quântica, um gato (ou qualquer outro objecto) ou uma partícula atómica pode, simultaneamente, "estar" ou "não estar", "ser" ou "não ser", dependendo do observador.


Outro título que também imaginei para esta minha experiência em pintura abstracta é "O Gato Risonho", que ora aparecia , ora desaparecia, à Alice no País das Maravilhas.


Aos que conseguirem ver o gato no quadro. garanto-vos que ele apareceu lá por si só, sem a menor intenção da minha parte em pintar um gato.